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"A investigação e elucidação do homicídio de Mércia Nakashima, em 2010, foi emblemática, pois mostrou a força que uma prova material fundada na Botânica pode alcançar. Antes disso, o senso comum associava essa matéria apenas às plantas medicinais e tóxicas e aos crimes ambientais. Pelo fato de os vegetais estarem presentes em praticamente todos os lugares, há muitas questões legais em que podem ser aplicados, fazendo com que a Botânica Forense ganhe aceitação à medida que são divulgados os conhecimentos científicos da área É fundamental perceber que a aplicação da Botânica Forense não se reduz à coleta de vestígios nas florestas e nos bosques, ambientes externos naturais. Áreas perturbadas e degradadas também apresentam elementos interessantes para a atividade pericial. Aliás, há uma infinidade de minúsculos organismos e fragmentos vegetais que se depositam dentro de casa, sobre vestes e cabelos, entram por nossas vias aéreas e se acumulam no interior dos órgãos do aparelho digestório. Por maior que seja a habilidade de um criminoso, toda a sua expertise não será suficiente para livrá-lo de traços de material botânico. Haverá contato com muitos vestígios, sem que os autores dos crimes se deem conta. Os capítulos que compõem A Botânica Vai ao Tribunal mostram como se pode enxergar os vestígios vegetais e procuram transmitir que, para vencer a ""cegueira botânica"" na Criminalística e, desse modo, promover a Justiça, é fundamental que ciência e cooperação humana coexistam. É por meio dessa sinergia entre os componentes do tríduo polícia-perícia-academia que se faz possível a aplicação dos conhecimentos alcançados pela Ciência Básica na Criminalística."

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9786580035076

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